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«Por vezes as coisas são assim, nada é
como nós queremos, não acontece nada do que realmente desejamos, não temos
aquela pessoa que queríamos ter mais que tudo. é disso que vivemos , não
é ? todos nós. há noite vamos para a cama e lá pensamos. pensamos no que
seria a vida se fosse como nós queríamos , imaginamos aqueles contos de fadas
perfeitos , em que os meninos só têm olhos para a sua menina, e que as meninas
fazem os meninos felizes, híper felizes, onde não existe odio, nem discussões,
onde só existe coisas boas e nada de coisas más, onde ambos, meninos e
meninas, não sofrem, ninguém sofre.
E é no meio dessa fantasia que somos felizes, encontramos a felicidade numa coisa que não é real, irónico não é ? mas todas essas fantasias são mentira, porque não passam disso, de fantasias, de realidades completamente alteradas, de uma fachada, de encantadores contos de fadas, desses que se parecem aos da Disney, mas em que nada são parecidos á vida real. porque no que conta ao amor, na vida real, há sofrimento, e maior parte das vezes não existe ‘era uma vez’, e se não existe um começo bonito como esse, como é que o fim podia haver ’e viveram felizes para sempre’ ?
Na vida real , a vida complica-se, mais do que queremos, mais do que pensamos, mais do esperamos. na vida real sofremos e voltamos a sofrer , como se isso fosse monótono, como se fosse a coisa mais normal que podia acontecer, habituamo-nos a isso, ao sofrimento que nos provocam, habituamo-nos tanto que começamos a ser peritos a esconder os sentimentos, sejam quais eles forem, amor, ódio, dor, raiva… de tanto sofrermos passamos a não acreditar nesse amor perfeito que tanto criamos na nossa cabeça, começamos a viver um dia de cada vez, a esperar que outra vez algo de mal nos aconteça. e com isso tudo, com toda essa mágoa, mudamos o que somos, mudamos o que éramos, tornamos de pedra por fora e de vidro por dentro. e de tanto esconder o que sentimos, no fim de tudo ficamos sem sentir, ficamos sem amar e sem a falta de alguém nos amar também. sem qualquer expectativa de que algo aconteça. sem nada, sem sentimentos, sem demonstrações de afeto para dar, sem falta de os receber, ficamos como se estivemos mortos por dentro, mas vivos por fora…e acho q assim , como nos tornamos depois de tanta dor e sofrimento já não sofremos, porque já não somos capazes de sofrer mais.»
E é no meio dessa fantasia que somos felizes, encontramos a felicidade numa coisa que não é real, irónico não é ? mas todas essas fantasias são mentira, porque não passam disso, de fantasias, de realidades completamente alteradas, de uma fachada, de encantadores contos de fadas, desses que se parecem aos da Disney, mas em que nada são parecidos á vida real. porque no que conta ao amor, na vida real, há sofrimento, e maior parte das vezes não existe ‘era uma vez’, e se não existe um começo bonito como esse, como é que o fim podia haver ’e viveram felizes para sempre’ ?
Na vida real , a vida complica-se, mais do que queremos, mais do que pensamos, mais do esperamos. na vida real sofremos e voltamos a sofrer , como se isso fosse monótono, como se fosse a coisa mais normal que podia acontecer, habituamo-nos a isso, ao sofrimento que nos provocam, habituamo-nos tanto que começamos a ser peritos a esconder os sentimentos, sejam quais eles forem, amor, ódio, dor, raiva… de tanto sofrermos passamos a não acreditar nesse amor perfeito que tanto criamos na nossa cabeça, começamos a viver um dia de cada vez, a esperar que outra vez algo de mal nos aconteça. e com isso tudo, com toda essa mágoa, mudamos o que somos, mudamos o que éramos, tornamos de pedra por fora e de vidro por dentro. e de tanto esconder o que sentimos, no fim de tudo ficamos sem sentir, ficamos sem amar e sem a falta de alguém nos amar também. sem qualquer expectativa de que algo aconteça. sem nada, sem sentimentos, sem demonstrações de afeto para dar, sem falta de os receber, ficamos como se estivemos mortos por dentro, mas vivos por fora…e acho q assim , como nos tornamos depois de tanta dor e sofrimento já não sofremos, porque já não somos capazes de sofrer mais.»
BeatrizRamalho.
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